domingo, 20 de novembro de 2011

CAMPEAO EM 2000.

    
Atlético e Cruzeiro começaram a partida medindo forças, cada um procurando chegar mais próximo ao gol adversário. Mas foi o time comandado pelo técnico Márcio Araújo que levou mais perigo no primeiro tempo. E mostrou também mais eficiência, com o gol marcado por Marques.
Até os 15 primeiros minutos, o goleiro Velloso tinha sido mais exigido - três defesas contra nenhuma de André. Mas até que, num lance de oportunismo, o Galo abriu o marcador. Guilherme segurou a marcação da defesa no meio-campo e deixou Marques livre para avançar. Ele recebeu cruzamento de Ramon e cabeceou para gol.
As jogadas de ataque do Atlético eram óbvias, quase todas passavam por Bruno ou utilizavam a rapidez de Marques. Ainda sim o Cruzeiro mostrou dificuldades para anulá-las. Na hora de atacar, faltou sorte ao time da Toca da Raposa. Se já estava difícil sair da marcação imposta pelo Atlético, parecia impossível superar outra barreira: o goleiro Velloso, em tarde inspiradíssima.
No segundo tempo, o Cruzeiro voltou mais ofensivo, pressionando o Atlético em seu campo de defesa em busca do gol de empate. Mas a precipitação foi crucial para que o time não aproveitasse as chances: cruzamentos errados, que facilitaram as defesas de Velloso.
O gol de Guilherme, aos 11 minutos do segundo tempo, fez com o técnico Marco Aurélio apelasse de vez. Ele tirou Rodrigo e Paulo Isidoro para entrada de dois atacantes, Müller e Zé Roberto.
Fábio Júnior também acabou sendo substituído e foi ironizado pela torcida atleticana, que gritou seu nome. E ainda sobrou para Oséas, outro que foi alvo de gozações. A torcida atleticana, feliz com o placar, começou a gritar “olé".
Mas acabou levando um susto aos 43 minutos, com o gol de Geovanni. Os atleticanos ainda sentiram um frio na barriga quando Zé Roberto tentou cobrir Velloso, mas a bola bateu no travessão, aos 47 minutos. Depois, foi só comemorar.
Os inúmeros passes errados, das duas equipes, no início da partida, mostraram a tensão dos jogadores. O Cruzeiro, que precisava da vitória, partiu para cima do adversário. Mas encontrou um Atlético bem posicionado, com Cleison e Gallo fazendo um cerco pelo meio-campo.
O Cruzeiro, porém, conseguia também neutralizar a principal jogada do Atlético: Cléber Monteiro em cima de Marques. Aos poucos, o time do técnico Marco Aurélio foi se soltando em campo, criando chances seguidas. Na primeira, Zé Roberto chutou, mas Velloso, bem colocado, fez a defesa. Pouco depois, foi a vez de Jackson obrigar o goleiro atleticano a fazer importante defesa, evitando o gol cruzeirense.
Mas, o esquema armado pelo técnico Marco Aurélio começou a ruir a partir do momento que Ronildo e Marques começaram a crescer em campo. O atacante atleticano passou a superar, com facilidade, o jovem Cléber Monteiro. Aos 28 minutos, numa triangulação com Ronildo, Marques tocou para Ramon, que, com categoria, tocou para fazer 1 a 0.
O Atlético cresceu com o gol, ao contrário do rival, abalado com a desvantagem. E Marques, novamente, quase ampliou, ao tocar de calcanhar para grande defesa de André. No segundo tempo, o técnico Marco Aurélio colocou Müller e Geovanni, este no lugar de Ricardinho que saiu machucado. O jovem atacante deu maior movimentação ao time cruzeirense, que fez uma forte pressão sobre o adversário. Fábio Júnior também entrou, e o Cruzeiro passou a jogar com quatro atacantes.
Enquanto isso, Márcio Araújo tratou de fechar a equipe, colocando Valdir em lugar de Lincoln.
O Galo suportou forte pressão: numa cobrança de falta, Geovanni chutou mas a bola chocou-se em Gallo e acabou saindo. O tempo passava e o Cruzeiro partiu para o desespero, sem nenhuma aplicação tática. O zagueiro Cléber fez falta e recebeu cartão amarelo. Reclamou e ameaçou agredir o árbitro Oscar Roberto de Godói. O juiz o expulsou. Na seqüência, Jackson e Ramon trocaram empurrões e também foram expulsos.
O Cruzeiro lutou e, aos 40 minutos, empatou: Geovanni driblou Ronildo e cruzou para Fábio Júnior empurrar, sem chances para Velloso. Um torcedor cruzeirense invadiu o campo, mas foi retirado.
Com o empate, a partida ganhou em dramaticidade. Principalmente por parte do Cruzeiro e torcida. o time tentou de todas as formas desempatar para adiar a decisão do título para o terceiro jogo. Mas não deu: os torcedores do Atlético comemoraram o bicampeonato.